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HOJE - Conferência Europeia das Humanidades: Poderá a Universidade subsistir sem Humanidades?


CONFERÊNCIA EUROPEIA DAS HUMANIDADES

Conferência temática

PODERÁ A UNIVERSIDADE SUBSISTIR SEM HUMANIDADES?

As Humanidades como fundadoras do Projeto de Universidade


Quinta-feira, 29 de abril, das 18h-20h


Organização: Cátedra CIPSH de Estudos Globais da Universidade Aberta e pelo Polo do CLEPUL da Universidade de Madeira


Conferencistas:

Carlos Fiolhais (Universidade de Coimbra)

Daniela Marcheschi (Universidade de Pisa)

Moisés Lemos Martins (Universidade do Minho)

Onésimo Teotónio de Almeida (Universidade de Brown)

Renaldas Gudauskas (Biblioteca Nacional da Lituânia/Conselho

Internacional de Filosofia e Ciências Sociais da UNESCO)


Apresentação

A Universidade gera-se sob o signo da universalidade. O projeto de Universidade de que somos herdeiros, desenvolvido na Idade Média, nasce assente no diálogo entre as disciplinas e na demanda do conhecimento à

luz de um ideário de procura da unidade dos saberes, garantindo ao mesmo tempo a sua autonomia epistemológica e a sua contribuição para a construção de um saber mais holístico sobre a complexidade do ser

humano, da natureza e dos cosmos. As disciplinas que hoje se englobam na denominação científica de “Humanidades” desempenhavam desde a historiogénese da universidade um papel central numa formação que se pretendia libertadora do universo humano e o mais possível unificadora das etapas de produção de conhecimento disciplinar fragmentário. Com a crescente deriva da especialização na construção do conhecimento e com a valorização extrema das áreas científico-técnicas em nome de exigências

económico-sociais, as tradicionais Humanidades têm sofrido uma preocupante secundarização no quadro universitário, correndo o risco, em alguns casos, do seu desaparecimento. É também evidente que a

atualização dos métodos e da identidade epistemológica das ciências humanas deve estar em linha com as exigências da produção e difusão do saber nas nossas sociedades hodiernas, marcadas pela pressão das

tecnologias que penetram em todos os campos de atuação humana e pelo que Ernst Robert Curtius anunciava como “abandono da cultura”. Desse esforço de atualização são um sinal renovador a emergência das chamadas

“Humanidades Digitais” que pretendem atender aos novos desafios de produção de conhecimento avançado com o uso progressivo dos mais sofisticados recursos tecnológicos disponíveis.

A nossa proposta de conferência temática de debate com vários especialistas pretende contribuir para a reflexão sobre o que, ultimamente, tem sido realizado em diferentes círculos académicos sobre o lugar e o futuro das Humanidades no ensino em geral e na Universidade em particular. O nosso tópico de partida passa por entender a necessidade de reafirmação das Humanidades como fundamentais para que a Universidade subsista como território de produção de saber aberto que estruture uma formação abrangente e englobante, de interação e

construção de visões globais de conhecimento, atenuando os perigos da fragmentação ou coisificação. Esta assumida defesa das Humanidades passará, como vamos acentuar na nossa reflexão, por vencer a velha

dicotomia entre Humanidades, pouco valorizadas da construção de um saber universitário, e as Ciências ditas “científicas” ou “duras”, de forma a que se possa contribuir para humanizar e responsabilizar o conhecimento

em nome de uma humanidade plenamente humana.

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